A Carona Solidária, tão discutida e protegida peloInstituto Ruaviva, vem ganhando adeptos cada vez maiores, o que facilita a divulgação da idéia. A Chevrolet lançou ontem dia 3 de agosto uma campanha de incentivo à carona solidária, leia abaixo a reportagem do Portal G1.
Chevrolet lança campanha de estímulo à carona nos carros
Em meio a um cenário de recordes de produção e vendas de veículos e também recordes de trânsito nas grandes cidades, a Chevrolet vai lançar uma campanha publicitária de uso consciente do automóvel e estímulo a mudanças de atitudes das pessoas em relação ao carro. Tendo formigas como personagens, a campanha vai ao ar neste domingo (3).
O objetivo é promover comunidades que organizem carona para o trabalho e fazer parte do percurso de bicicleta são algumas das propostas que a marca da General Motors vai colocar em discussão no país.
As montadoras de uma forma geral estão investindo em tecnologia para diminuir os efeitos do grande número de veículos no meio ambiente. Motores menos poluentes e alternativas como veículos híbridos e elétricos já aparecem no Japão, Europa e Estados Unidos, por exemplo.
Quanto à questão do trânsito, no entanto, os fabricantes costumam fazer vistas grossas tratando como um problema para o governo resolver. "Existe sempre a tendência do carro se tornar o vilão da história em um contexto onde o trânsito e suas conseqüências como estresse, perda de tempo, poluição e violência fazem parte do dia-a-dia dos motoristas", destaca Samuel Russell, diretor de marketing da Chevrolet, destacando que a indústria automobilística ainda não se posicionou diante do problema de onde colocar os 3 milhões de novos veículos produzidor por ano. "Vamos estimular ações para resgatar a volta do prazer de dirigir e minimizar estes problemas propondo aos consumidores o uso consciente do veículo."
Um dos grandes desafios será convencer as pessoas a pegar carona para ir ou voltar do trabalho. "Na própria GM descobrimos cinco funcionários que moram no mesmo prédio e cada um vai e volta todo dia com um carro", destaca Russell. Com parceria com um programa de mensagens instantânea e um mapeador de rotas, a Chevrolet vai disponibilizar na internet um programa no qual empresas podem criar "comunidades da carona" e organizar o uso coletivo dos carros de seus funcionários.
Mas, se todo mundo começar a pegar carona, as vendas de carros não vão cair? "Não tenho medo de vender menos carros", diz Russell. "O contexto atual exige mudanças de atitude. Além disso, nos finais de semana os veículos vão continuar sendo muito usados para locomoção pessoal. O fundamental é resolver a questão do trânsito na ida para o trabalho."
O objetivo é promover comunidades que organizem carona para o trabalho e fazer parte do percurso de bicicleta são algumas das propostas que a marca da General Motors vai colocar em discussão no país.
As montadoras de uma forma geral estão investindo em tecnologia para diminuir os efeitos do grande número de veículos no meio ambiente. Motores menos poluentes e alternativas como veículos híbridos e elétricos já aparecem no Japão, Europa e Estados Unidos, por exemplo.
Quanto à questão do trânsito, no entanto, os fabricantes costumam fazer vistas grossas tratando como um problema para o governo resolver. "Existe sempre a tendência do carro se tornar o vilão da história em um contexto onde o trânsito e suas conseqüências como estresse, perda de tempo, poluição e violência fazem parte do dia-a-dia dos motoristas", destaca Samuel Russell, diretor de marketing da Chevrolet, destacando que a indústria automobilística ainda não se posicionou diante do problema de onde colocar os 3 milhões de novos veículos produzidor por ano. "Vamos estimular ações para resgatar a volta do prazer de dirigir e minimizar estes problemas propondo aos consumidores o uso consciente do veículo."
Um dos grandes desafios será convencer as pessoas a pegar carona para ir ou voltar do trabalho. "Na própria GM descobrimos cinco funcionários que moram no mesmo prédio e cada um vai e volta todo dia com um carro", destaca Russell. Com parceria com um programa de mensagens instantânea e um mapeador de rotas, a Chevrolet vai disponibilizar na internet um programa no qual empresas podem criar "comunidades da carona" e organizar o uso coletivo dos carros de seus funcionários.
Mas, se todo mundo começar a pegar carona, as vendas de carros não vão cair? "Não tenho medo de vender menos carros", diz Russell. "O contexto atual exige mudanças de atitude. Além disso, nos finais de semana os veículos vão continuar sendo muito usados para locomoção pessoal. O fundamental é resolver a questão do trânsito na ida para o trabalho."
Um comentário:
A fluidez para os automóveis nas grandes cidades é um dos pressupostos para a garantia de crescimento do setor automotivo. Se outrora operações urbanas desastrosas, por si só, geravam efeitos paliativos satisfatórios para a fluidez exclusiva dos automóveis, no presente estas obras mostram-se insuficientes para o vertiginoso crescimento da frota de veículos que ocupa indiscriminadamente os espaços urbanos. Preocupado com uma eventual redução em seus lucros, o setor automotivo lança mão de estratégias de marketing que, contraditoriamente, vão de encontro ao seu próprio discurso publicitário que atribuiu ao automóvel simbologias de status social e virilidade. Então, o prepotente proprietário de um modelo do ano da Chevolet deve ser convencidom a deixar o carro na garagem e aderir à tal carona solidária, contrariando, repito, o discurso que o fez adquirir o veículo. É, no mínimo, patético. Esta carona só é solidária com o modelo insustentável de transporte urbano que vigora no Brasil com o apoio do Estado. Se cada um destes novos "caronistas" optassem pelo transporte de massa, cada ônibus significaria menos 6 carros na rua. Não é, pois, a carona solidária elemento que contribui satisfatoriamente com a necessidade de repensar os usos e a produção do espaço urbano em sua totalidade.
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