quinta-feira, 20 de agosto de 2009



A Semana Brasileira da Mobilidade, de 16 a 22 de setembro de 2009, é um momento de reflexão sobre o modelo de mobilidade urbana vigente, fundamentado no transporte motorizado individual. Este movimento é o desdobramento no Brasil da Jornada Internacional na Cidade Sem Meu Carro, realizada desde 1999, ao dia 22 de setembro, e, a partir de 2002, ampliado para a Semana Internacional da Mobilidade, de 16 a 22 de setembro.
Nas cidades européias, com sistemas de transportes públicos de altíssima qualidade, mas também penalizadas pelos efeitos negativos do transporte individual motorizado sobre os espaços urbanos, o meio ambiente e a economia urbana, a Semana da Européia da Mobilidade (European Mobilty Week) oferece possibilidades muito diferentes das nossas.
Aqui, com as limitações quantitativas e qualitativas dos sistemas de transportes públicos urbanos – por razões estruturais que importa discutir – a Semana Brasileira da Mobilidade acrescenta desafios para a adesão de gestores públicos e dos cidadãos. Mas, também ganha importância pela imperiosa necessidade de revertermos uma tendência a um quadro funesto, de altos custos de uma mobilidade cada vez mais ineficiente, consumidora de vidas, de tempos cada vez maiores, de espaços e de energia.
A proposta é, durante uma semana, a. governos, sobretudo, municipais, b. sociedade, através de escolas, universidades, entidades empresariais e sindicais, partidos e movimentos sociais; e c. imprensa, em editoria e pauta, se dediquem a debater a questão, com ensaios concretos que corporifiquem a discussão.
A coincidência com a Semana Nacional de Trânsito no Brasil, estabelecida no Código de Trânsito Brasileiro entre 18 e 25 de setembro, não faz os eventos concorrentes, mas complementares, embora com dinâmicas distintas, podendo, através dos órgãos gestores de trânsito, gerar uma grande sinergia entre os dois movimentos.
A adesão do Município à Semana Brasileira da Mobilidade se faz desde logo através da adesão. O movimento no Brasil integra uma campanha internacional, em que o Instituto da Mobilidade Sustentável, RUAVIVA, só faz difundir e articular com o movimento europeu, desde 2001.
Porém, é preciso ousar mais, apesar – e por causa – das condições adversas do nosso transporte público, transformado de bem público, em tese universal, em mercadoria popular, excludente dos mais pobres, excluído pelos de maior renda. Porque é assim? A Constituição Federal, em seu artigo 30, atribuiu aos Municípios a sua responsabilidade e o seu caráter de essencialidade, mas, se omite quanto aos meios requeridos para uma produção qualificada e acessível. Ou não? A indústria automobilística e de motocicletas é incentivada ainda mais na política econômica anti-crise. E o transporte público?
Para se engajar entre em contato com o Instituto Ruaviva pelo telefone (31) 3224 - 0906, ou através do e-mail ruaviva@ruaviva.org.br.
Contamos com a participação de seu Município na Semana Brasileira da Mobilidade.

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