Cristina Baddini Lucas
Diretora Instituto Ruaviva
Diretora Instituto Ruaviva
Quando muitas pessoas precisam se locomover na mesma direção, a idéia de dividir um veículo grande em vez de viajar em carros separados faz parte do senso comum. Um ônibus tem motor maior que um carro e, portanto, emite muito dióxido de carbono. No entanto, mesmo conduzindo poucos passageiros, proporcionalmente as emissões por pessoa são bem menores que em um automóvel.
Um simples ônibus a diesel chega a fazer cerca de 2 quilômetros por litro de combustível e emite cerca de 1.300 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mesmo com apenas 20 passageiros, isso equivale a apenas 65 gramas por pessoa para cada quilômetro viajado, muito menos que a média dos carros que é de 169 gramas por quilômetro. Em um ônibus com 75 passageiros, cada pessoa corresponde um total de emissões de 17 gramas por quilômetro.
De ônibus é melhor
· Podemos ler;
· Ficamos menos estressados, quanto mais pessoas resolverem ir de ônibus, menos congestionamentos teremos nas cidades;
· Podemos usar o celular, mas sempre falando em voz baixa;
· Ficamos mais magros por conta daquela caminhada para o ponto;
· Podemos até tomar uma taça de vinho antes da viagem;
· Conhecemos pessoas;
· Ouvimos música.
Peça por um bom serviço
O transporte público coletivo e os transportes não motorizados devem ser adequados aos seus usuários, devendo ser priorizados sobre os veículos particulares. As cidades bem servidas com transporte público têm menos proprietários de automóveis. No centro de Londres, menos da metade das famílias possui carro e mais de 5 milhões de pessoas tomam ônibus todos os dias. Quanto mais carros menos pessoas no transporte público e, quanto menos passageiros mais cara fica a tarifa.
Direito à Cidade
A malha viária das cidades não comporta todos os veículos simultaneamente, bastando tão somente 15% da frota para criar congestionamentos na cidade de São Paulo. Também a contínua expansão da malha viária não é possível. Hoje em dia, as pessoas nos carros enfrentam congestionamentos seja qual for a alternativa de trajeto que escolherem. Mas, o que não pode ocorrer no transporte público é um atendimento de má qualidade com descumprimento dos horários. Nas atuais condições, alguém deixaria o carro particular na garagem para viajar até São Paulo? Só mesmo se fosse um simpatizante do Greenpeace!
Difícil enfrentar
A publicidade gerada pela indústria automobilística nos induz a pensar que “pegar ônibus” tem a conotação de quem não venceu na vida. No mais, trânsito é assunto comum de um discurso intransigente das classes médias, que querem agilidade, espaço, nem que para isso seja preciso derrubar praças, monumentos históricos e bosques.
A prioridade ao transporte público por ônibus tem se mostrado eficiente quando este é segregado nas vias, com sinalização específica, possibilitando um aumento na sua velocidade, um menor custo operacional e um ganho na confiabilidade e regularidade dos serviços.
Infelizmente, o que vemos hoje são as administrações públicas priorizando o automóvel e a sua fluidez, até mesmo favorecendo sua aquisição contribuindo diretamente para o aumento dos congestionamentos, do número de acidentes, da poluição e do estresse, em detrimento da visível precarização do transporte coletivo.
Cristina Baddini Lucas-especialista em trânsito, Consultora do Diário. Entre em contato através do e-mail:cristinabaddini@dgabc.com.br e visite o blog: http//www.olhonotransito.blogspot.com
Um simples ônibus a diesel chega a fazer cerca de 2 quilômetros por litro de combustível e emite cerca de 1.300 gramas de dióxido de carbono por quilômetro. Mesmo com apenas 20 passageiros, isso equivale a apenas 65 gramas por pessoa para cada quilômetro viajado, muito menos que a média dos carros que é de 169 gramas por quilômetro. Em um ônibus com 75 passageiros, cada pessoa corresponde um total de emissões de 17 gramas por quilômetro.
De ônibus é melhor
· Podemos ler;
· Ficamos menos estressados, quanto mais pessoas resolverem ir de ônibus, menos congestionamentos teremos nas cidades;
· Podemos usar o celular, mas sempre falando em voz baixa;
· Ficamos mais magros por conta daquela caminhada para o ponto;
· Podemos até tomar uma taça de vinho antes da viagem;
· Conhecemos pessoas;
· Ouvimos música.
Peça por um bom serviço
O transporte público coletivo e os transportes não motorizados devem ser adequados aos seus usuários, devendo ser priorizados sobre os veículos particulares. As cidades bem servidas com transporte público têm menos proprietários de automóveis. No centro de Londres, menos da metade das famílias possui carro e mais de 5 milhões de pessoas tomam ônibus todos os dias. Quanto mais carros menos pessoas no transporte público e, quanto menos passageiros mais cara fica a tarifa.
Direito à Cidade
A malha viária das cidades não comporta todos os veículos simultaneamente, bastando tão somente 15% da frota para criar congestionamentos na cidade de São Paulo. Também a contínua expansão da malha viária não é possível. Hoje em dia, as pessoas nos carros enfrentam congestionamentos seja qual for a alternativa de trajeto que escolherem. Mas, o que não pode ocorrer no transporte público é um atendimento de má qualidade com descumprimento dos horários. Nas atuais condições, alguém deixaria o carro particular na garagem para viajar até São Paulo? Só mesmo se fosse um simpatizante do Greenpeace!
Difícil enfrentar
A publicidade gerada pela indústria automobilística nos induz a pensar que “pegar ônibus” tem a conotação de quem não venceu na vida. No mais, trânsito é assunto comum de um discurso intransigente das classes médias, que querem agilidade, espaço, nem que para isso seja preciso derrubar praças, monumentos históricos e bosques.
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2 comentários:
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Bom blog e continuacao de boas postagens.
Deste ja te convido a visitares, comentares e seguires- Altitude1995.blogspot.com
Força nessas postagens!
abraço
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