sábado, 22 de setembro de 2012

Daqui a pouco em BH

Hoje o Espaço TIM UFMG do Conhecimento pauta a questão para o próximo Café Controverso.  Com o tema “Mobilidade Urbana: como andar na cidade?”, o debate conta com a participação de Marcelo Cintra, coordenador do Plano de Mobilidade Urbana de Belo Horizonte da BHTRANS e doutorando em Geografia na UFMG, e Marcos Fontoura, engenheiro e doutorando em Ciências Sociais na PUC-Minas. Ambos os convidados atuam na área da mobilidade e apresentam visões específicas sobre o assunto.

Marcelo Cintra acredita que os problemas de mobilidade urbana não são resolvidos apenas com a melhoria de um ou outro tipo de transporte, seja coletivo ou individual. “Busco contrapor ideias do senso comum de achar que existe uma solução milagrosa que vai resolver o problema do transporte. Não há solução única, mas um conjunto de projetos que podem mudar o modelo”, explica. Esclarece também que Belo Horizonte opera em um modelo vigente de cidade construída para o uso do automóvel. “As calçadas são cheias de degraus, buracos, descontinuidades e bancas de revistas, enquanto as ruas apresentam melhores condições e não possuem impedimentos para os motoristas”, exemplifica. Em seus estudos, Cintra observa o espaço, tempo e corpo em movimento e analisa práticas do mundo virtual e real, que levam as ações políticas para o ambiente urbano. “Se não houver mudança de cultura, na forma como as pessoas enxergam a mobilidade urbana, não conseguiremos avançar”.

Em outra perspectiva, Marcos Fontoura analisa pesquisas de opinião realizadas anualmente pela BHTRANS sobre o trânsito e o transporte público na cidade. Dentre os tópicos tratados, as pesquisas abordam assuntos polêmicos como transporte coletivo, tarifas, pedágio e rodízio de placas. “Isso ajuda a entender o que as pessoas estão pensando sobre mobilidade urbana. Se não sei a opinião delas, como vou trabalhar em cima disso?”, reflete. Ele defende ainda que as decisões políticas a respeito do trânsito devem ser feitas de forma democrática, com a participação das pessoas nas discussões.

Além do Café Controverso, a reflexão sobre mobilidade ganha também a fachada digital e mídias sociais do Espaço TIM UFMG do Conhecimento. Nesses meios, ações buscarão estimular a reflexão sobre a relação entre sujeito, cidade e mobilidade. Essas ações podem ser acompanhadas no perfil do Espaço no twitter (@EspacoTUC), no facebook (facebook.com/espacotuc) e também na fachada digital do museu, que está localizado no Circuito Cultural Praça da Liberdade. Mais informações no site www.espacodoconhecimento.org.br.

Um comentário:

Alessandra Ribeiro disse...

Estou convicta que para mudanças sustentáveis na área de mobilidade urbana verde só serão possíveis através de uma ação em conjunto do poder público, e da iniciativa privada, como bancos, e empresas. Muito interessante as soluções propostas pela empresa Siemens, na área de mobilidade verde. Vale a pena dar uma lida.
http://www.siemens.com.br/desenvolvimento-sustentado-em-megacidades/mobilidade.html
Alessandra Ribeiro