Criada em 1997 pela ONG Mobility Week, na França, a jornada mundial “Na cidade sem meu carro” é comemorada todo dia 22 de setembro em mais de 40 países, mobilizando cerca de duas mil cidades. Além da defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nos centros urbanos, a iniciativa tem como um de seus principais objetivos a criação de um espaço para reflexão sobre o trânsito, em especial às políticas públicas favoráveis aos automóveis e motocicletas. No Brasil, a primeira jornada aconteceu em 2001, por iniciativa do Instituto de Mobilidade Sustentável Rua Viva.
Em 2013, é esperado que 30 cidades brasileiras participem do movimento, conforme conta Ana Beatriz, assessora de comunicação do Rua Viva. Ela ressalta que é de responsabilidade das prefeituras a adesão institucional ao movimento, que também poderá acontecer por iniciativa da própria sociedade civil onde não há apoio governamental. Durante a jornada, são realizadas várias atividades para despertar nos cidadãos a consciência sobre o uso racional e solidário do automóvel, incluindo desde o fechamento de vias para atividades recreativas a bicicletadas, que consistem em passeios de bicicletas pelas vias da cidade.
“A jornada é uma forma de refletir sobre esse modelo de mobilidade urbana voltado para o transporte individual. Este ano, a iniciativa tem o seu foco na Lei 12.587 de mobilidade urbana, que entrou em vigor em janeiro de 2012. Como essa campanha tem caráter institucional, mandamos cartas para os prefeitos e secretários reivindicando iniciativas sustentáveis no que se refere à mobilidade urbana. Essas cartas apresentam medidas permanentes e outra para serem executadas especificamente no dia 22 de setembro, como, por exemplo, delimitar o fluxo de carros nessa data, ou reservar um local para a prática de atividades de lazer. Ou seja, é resgatar a rua como local de convívio social”, conta a assessora.
Ana destaca que de 2001 a 2009, a jornada brasileira “Na cidade sem meu carro” ganhou grande adesão. “Com o intermédio do Rua Viva, desde 2009 a campanha ganhou braço próprio. Ou seja, muitas cidades estão aderindo ao movimento sem, necessariamente, se institucionalizar com o Rua Viva. A própria sociedade civil, incluindo grupo de ciclistas, além de entidades como o ‘Tarifa Zero’, estão tocando o projeto sem nenhum tipo de adesão das prefeituras”, aponta Ana.
Fonte : http://redeglobo.globo.com/globocidadania/noticia/2013/09/para-2209-jornada-na-cidade-sem-meu-carro-e-realizada-no-pais-em-22-de-setembro.html
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